Gosto de pensar que a vida real imita
as tantas vidas representadas em uma novela. Sim, porque se fosse o contrário, como
se diz por aí, o mundo aqui fora (síndrome da casa mais vigiada do Brasil essa
fala? Que droga!) não estaria repleto de injustiças, preconceitos e papeis
invertidos que nunca são desvendados ou trocados. Mais do que pensar, quero é
acreditar que, assim como nas novelas, as coisas reais vão se endireitar em
algum momento do percurso. Que quem é ruim se dê mal se não perceber e aceitar
a mudança. Que quem é bom seja apenas bom, não bobo. Que as tristezas sejam
diluídas em lágrimas para então se tornarem histórias de superação traduzidas
em sorrisos satisfeitos.
Quando criança, pensava que
quando crescesse, eu viveria em outra realidade. Quando cresci, não encontrei
qualquer diferença. E isso desanima. Deve ser por isso que prefiro os livros.
Neles, os finais felizes não são uma constante e, ainda assim, as pessoas
continuam vivendo um dia após o outro. E só.
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